Home » Linhas pedagógicas: o que são e quais são elas?
Hoje vamos te contar tudo sobre as linhas pedagógicas, é importante você saber as diferenças entre cada uma delas para facilitar no momento de escolher entre as suas opções de trabalho na pedagogia e realmente saber como é a atuação profissional do pedagogo em diferentes linhas pedagógicas de ensino.
Mas antes de falar sobre as linhas pedagógicas da educação, vamos responder rapidamente algumas perguntas básicas sobre o curso de pedagogia ead, acompanhe:
Agora vamos detalhar tudo sobre as linhas pedagógicas, confira:
Quando falamos sobre as áreas da pedagogia, é importante destacar que existem sete principais linhas pedagógicas adotadas nas escolas brasileiras:
Também chamada de “conteudista” a linha tradicional teve início no século XVIII, sempre com o objetivo de universalizar o conhecimento. Essa é a mais popular nas escolas brasileiras, possui como foco principal a transmissão de conteúdo, e busca principalmente preparar o aluno para o vestibular ao final do Ensino Médio. O professor tem o papel de transmitir conhecimento, com aulas majoritariamente expositivas e uniformizadas. Os alunos são avaliados periodicamente com provas escritas sobre os conteúdos das aulas e se não alcançam a pontuação mínima, são reprovados e precisam repetir a disciplina ou a série toda.
Muito atrelada à tradicional, a linha comportamentalista tem como objetivo que os alunos adquiram comportamentos desejados, moldados de acordo com necessidades sociais determinadas. O ensino é planejado com materiais instrucionais programados. O professor é o responsável pela transmissão do conhecimento, controle do tempo e respostas dos estudantes. Existem feedbacks constantes, a avaliação é realizada com provas e os resultados são recompensados.
Na linha construtivista, diferentemente das duas acima, os alunos têm papel ativo na aprendizagem, construindo seu próprio conhecimento. Os professores têm um papel de mediadores dos conteúdos, buscando estimular a autonomia das crianças. O objetivo é proporcionar conhecimento através da formulação de hipóteses e resolução de problemas. A metodologia vai além das aulas expositivas, explorando elementos artísticos também. A ideia principal é que as crianças aprendam coisas novas a partir do que elas já sabem e conhecem.
Aqui o aluno é a figura central do aprendizado, pois a linha democrática é contrária à linha tradicional. O aluno pode inclusive escolher as formas como deseja aprender os conteúdos necessários à sua formação, sem precisar seguir um cronograma padrão. Nesta linha, o professor tem um papel de facilitador, atuando junto com alunos, pais e demais funcionários da escola, com mais direito à participação na instituição (por meio de assembleias e reuniões que envolvem toda a comunidade escolar nas decisões). A linha democrática é baseada na inglesa Escola Summerhill, que surgiu em 1920. Essa abordagem busca abolir as provas, as avaliações são por participação e trabalhos, que podem ser escritos ou artísticos. O foco é a liberdade de escolha dos alunos.
Essa linha foi desenvolvido pela médica e educadora italiana Maria Montessori, no início do século XX, e propõe que os alunos se descubram e aprendam através da experiência prática e da observação. Ela respeita o ritmo de cada um, e o educador tem o papel de guiar, orientar e propor atividades motoras e sensoriais, removendo obstáculos ao aprendizado. As salas de aula têm no máximo até 20 alunos e podem ser organizadas por série, como na tradicional, ou por ciclos, com crianças de diferentes idades na mesma turma. Diversos materiais de estímulo ficam dispostos no ambiente escolar, e é a criança que escolhe o que irá fazer no dia. No entanto, é necessário cumprir módulos obrigatórios para avançar os estudos, o foco é a responsabilidade pelo aprendizado.
A linha Waldorf foi criada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, em 1919, e considera o aluno em seu todo: corpo, alma e espírito. Os ciclos são definidos de sete em sete anos (de 0 a 7, de 7 a 14 e de 14 a 21 anos de idade) sendo que para cada uma dessas etapas, os alunos têm um tutor fixo que os avalia por meio de anotações feitas durante as aulas. Não existe a repetição de ciclo, uma vez que a abordagem leva em conta o tempo biológico de cada estudante. A alfabetização é iniciada apenas no segundo ciclo, depois que as crianças já completaram 7 anos. No primeiro ciclo o foco é o desenvolvimento integral da primeira infância, dando ênfase em artes, trabalhos manuais e corporais. A imaginação é estimulada através de brinquedos simples e pouco estruturados, e é muito importante a participação ativa da família.
A linha freiriana é baseada nas ideias do educador brasileiro Paulo Freire, e é voltada para o processo de alfabetização considerando os aspectos sociais, culturais e humanos de cada aluno. A criança tem papel fundamental no processo de aprendizagem, sendo sempre ouvida, para que o professor encontre a melhor maneira de ajudá-la a ganhar confiança e compreender o mundo através do conhecimento. Nessa abordagem a educação é vista como uma forma de libertar e mudar as pessoas e, consequentemente, mudar o mundo. Os princípios defendidos pela linha Freiriana são o bom senso, a humildade, o respeito, a tolerância e a curiosidade.
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